26 de março de 2008

Joaninha, a menina que não queria ser gente

Tem, pela amostra, toda a pinta de ter muita pinta. Não há nada que se aproxime, para uma pequena criatura, de uma história que lhe apresente o mundo de relance. Quando se consegue seduzi-los para o mundo de dentro, mais o de fora e principalmente o mundo daquela área transitiva entre os outros dois, dá-se uma espécie de expansão catastrófica no sentido certo, um big bang mental que o resto da vida só a muito custo poderá mimetizar. As sinapses passam-se dos carretos, as ideias espalham-se em partículas de imagens e emoções, e cada uma delas forma nova galáxia. É aproveitar, antes que descubram as novelas e se inicie o longo e arrepiante  processo da contra-mão.