27 de janeiro de 2008

Intervalo

(por motivo de greve do argumentista)

7 de janeiro de 2008

Birds are like bloggers

[marriedtothesea.com]

6 de janeiro de 2008

Primeira e última lição de como perder muitos amigos de uma só vez *

Os National fazem boa música (o que já não é pouco) mas estão muito sobreavaliados, e não se percebe como há tanta gente com tão bom gosto e ouvido treinado a jurar que eles são realmente extraordinários. Não são. Extraordinário é o culto dos National.

* d'aprés maradona

4 de janeiro de 2008

ASAE cancela Lisboa-Dakar

A ASAE mandou hoje encerrar a zona de onde deveriam partir os veículos do Lisboa-Dakar, alegadamente devido à lama e à poeira levantadas ao longo da prova, cujas micropartículas poderiam ser inaladas a milhares de quantidades absurdas de distância; bem como ao baixo nível de imaculada perfeição higiénica das refeições servidas à comitiva. Existem suspeitas de que a sopa era mexida com colheres de pau. Uma equipa de investigação deste blog sabe ainda que o facto de muitos pilotos se aliviarem fisiologicamente em pleno deserto (em intervalos médios de 350 quilómetros - 400 é o mínimo permitido) contribuiu para a decisão. Entretanto, António Nunes, o Inspector-Geral, depois de ter dado uma entrevista em que salientou a sua preocupação com o facto de os mecânicos mexerem em óleo e frequentemente cutucarem o nariz com os dedos "quase até ao cérebro", foi visto a lançar milhares de cópias do seu comunicado de imprensa pela janela de um VW Touareg, num slide descontrolado, em plena Serra da Arrábida, rindo como um louco.

3 de janeiro de 2008

Lixada por ter ido fumar lá fora

Helmut Newton | Sigourney Weaver

2 de janeiro de 2008

Dúvidas de um agarrado

Quando saiu aquela pessegada de Bolonha fiquei, confesso, um tanto ou quanto lixado. Então andei eu de um lado para o outro, comboios, candidatura, documentos, leituras, aulas, exames, trabalhos, projecto, madrugadas fora, mais viagens, reuniões, tese, defesa da tese, um bom par de 2 ou 3 anos porque quis e me reorganizei para o conseguir e agora o pessoal é praticamente obrigado a sair da faculdade com mestrado?

Vem isto a propósito do seguinte: será que aqueles que noutros tempos reduziram ou deixaram mesmo de fumar, não sentirão algo parecido? Não é que uma ou a outra situação desmereça quem consegue atingir os objectivos; mas pensarão aqueles para o seu botão mais íntimo algo como: foda-se, olha que grande habilidade, ó azeiteiro!... Hein?...

Crónicas de um agarrado

Já percebi que a lei anti-tabaco é óptima para reduzir. Hoje ainda cometi a proeza de fumar dois seguidos, em plena intempérie, para repor os níveis de cérebro na nicotina, mas fiquei agoniado e assumi que já não tenho pedalada para certas coisas. Até aí tudo bem. Como sempre suspeitei, sem necessidade de armar a ruga do intrigado, o que me lixa é a ausência dos cigarros primordiais, dos poucos que interessam num imenso maço de 20. Para além daqueles que não preciso de mencionar e que ainda não estão abrangidos pela regulação (mais depressa cobrirão as actividades que os puxam), quase chorei por ter de sair da mesa do café a seguir ao almoço sem me esbaforir. Vai ser uma vida difícil. E maior, ainda por cima.

[img] Joseph Szabo

1 de janeiro de 2008

2008 [ano do chá]

Ainda não deu para perceber: ainda não estive agarrado a um livro, a beber café e a não fumar. Neste cenário, na minha cabeça, não se está só a ler um livro e a tomar café - está-se também a não fumar. Do livro não abdico, apesar da interdição que alguns estabelecimentos sempre impuseram, coisas como 'proibido estudar' e assim (cheguei a prometer aos empregados que me esqueceria de tudo em meia-hora e que isso não poderia considerar-se 'estudar'). Mas, lá está, havia opção. Neste caso não há opção, parece que vou ter de não fumar. O que me fará mexer no café, que os puxa desalmadamente. Sou gajo para começar a envolver-me com chás.