A engenharia social ideológica influencia e modela em desprezo da identidade dos povos. Mas esta pode alterar-se sem bases obscuras. Um certo grau de engenharia é inevitável em sociedades não anárquicas. Chama-se Política e está, supostamente, próxima das elites (em teoria, claro) - os que interpretam a tal lógica mas que não são puxados: puxam. Sem qualquer grau de engenharia social estaríamos condenados à oclocracia.
A homossexualidade é relativa à espécie humana. Não depende das leis que sobre ela se editem, nem aqui nem no Irão. Integrar o casamento-entre-pessoas-do-mesmo-sexo (uff...) no corpo social não implica, de todo, a abertura ao casamento poligâmico. Para que tal distinção aconteça basta que a sociedade aceite o primeiro como parte de si (já aceitou, embora não lhe chame casamento) e continue a rejeitar o segundo como estranho. Não há aqui qualquer obrigatoriedade de congruência linear e generalista. A argumentação do JPP assenta num apelo a determinadas consequências, como se estas pudessem ser desencadeadas por uma qualquer falácia indetectável.