Tenho uma bússola que estupidamente desmagnetizei com um íman. Agora todos os dias arrisca um norte diferente. Dá-se-lhe um toque e muda logo de ideias. Está insegura, desamparada, bipolar; tão depressa se entrega a um ponto colateral como, frenética, circula tresloucada por ruas e vielas. Julgo que procura aquele pedaço de mau caminho. O íman foi à vida dele, não quer saber, conhece o efeito que exerce e não está para consequências. Tenho uma bússola desorientada, perdida de amores. Ando uma pilha de nervos, não sei que lhe faça. Proíbo que se fale em gêpê-esses, perto dela. Aí é que lhe dava o fanico.