Magnífico fim de tarde no arranque do Jazz No Parque 2009. O enquadramento é do melhor, já o conhecem. Árvores e árvores. Apetece que estas sessões cresçam e possam transformar-se num verdadeiro festival de jazz. Hoje, com a luz e as sombras a passearem-se pelo 'ténis' de Serralves, um grupo de luxo. Avishai Cohen (vénias sucessivas), Ben Van Gelder, Jesús Santandreu, Abe Rábade, Carlos Barreto e Mário Barreiros; sob forma de projecto (Kind Steps), em tributo a 1959, ano maior do maior jazz de sempre. Segundo Mário Barreiros, o grupo segue imediatamente para estúdio, com aquelas revisitações de Miles, Coltrane, Mingus, Adderley, Coleman e Ellington no bolso. Estava a pensar que é uma pena a edição não ser da Winter & Winter. Seria feita ali e incluiria o som das folhas vindo de cima, dos putos ao fundo a escrever na terra e 2 ou 3 aviões em rota para o aeroporto, como os risinhos em Au Bordel ou as taças de vinho na Praça de S. Marcos em Wagner e Veneza. Os puristas podem achar que isso já são coisas a mais, mas faz tudo sentido. O Jazz No Parque recomenda-se muito.