Demasiados anos depois da última e esgotadíssima edição em português, ressuscitaram A Montanha Mágica. Esta obra maior da arte de Thomas Mann, para além de melhor vestida (suponho que não tenha relevos, ainda só a vi na net), vem traduzida directamente do alemão, para a D. Quixote. Nova fase na perpetuação de um dos melhores livros na história do sapiens.
Regresse-se então a Hans Castorp e à sua retirada estratégica, a pedido do corpo por jogada da alma. Para reler mas, principalmente, recomendar aos 2 ou 3 miúdos melancólicos que ainda conseguem esperar pela recompensa. É que a peça é robusta e às vezes parece não acabar. Depois, quem não conseguir abandonar aquela genialidade toda pode seguir para o Doutor Fausto, em velocidade de cruzeiro. Aqui já a leitura escorrega facilmente e é preciso ir travando mais ou menos a fundo. Depois destes dois não há purificação possível. E não foi preciso chamarem-lhe escritor maldito.