Foi-se o imbecil do W., uma porrada de tubarões da economia e das finanças viu o negócio colapsar em cima das secretárias (as de madeira) e milhares de empresas, pelo mundo fora, aproveitam a maré para desistir, antes de fazerem merda ou de que a que já fizeram comece a feder. Vão deslocalizar e refiná-la. Parece uma espécie de limpeza geral, mas é só uma camada da cebola (na melhor das hipóteses) ou uma varredela para baixo do tapete. O pior de tudo é a velha inevitabilidade dos bebés - eu, tu ele, nós e vós - arrastados pela água do banho. Não é nada provável que mais do que uma pequena parte da filhadaputice seja condenada, mas muitos milhões, um pouco por toda a parte, já o estão. Ao desemprego, à degradação do nível de vida, à degradação dos meios envolventes, à criminalidade e a padrões genericamente inferiores, em todos os indicadores de bem-estar.
Portugal adaptou-se logo à situação: o primeiro-ministro já é suspeito, em Londres, de crime(s) de corrupção. Depois de 35 anos a desperdiçar milhões de almas, a confirmar-se, seria a cereja em cima dos tolos.
O mundo devia fechar para obras. Portugal devia aproveitar para um reset.