Um gajo cresce e percebe que não tem assim tanto para dizer. E que quanto mais diz menos cresce. Então um gajo cala-se mais e cresce, e vai percebendo coisas e di-las, organizando o discurso e assim organizando as ideias. Quando o discurso e as ideias começam a circular a rotunda, um gajo não cresce. Se um gajo não treina o discurso, também não. Aquele lusco-fusco, aquela zona dinâmica entre a torrente de adquiridos defuntos e a cara de parvo que observa tudo como se tivesse acabado de nascer (sem discurso), essa linha desgraçada em que finalmente algo interessante acontece, é escorregadia como uma curva junto a uma fonte no inverno.