Acho uma porrada de coisas sobre uma data de coisas, sendo que discordo profundamente de mim próprio em relação a grande parte delas. Não tenho um quinto da convicção que tinha sobre seja lá o que for, talvez porque a convicção exija um enorme dispêndio de energia e, no fundo, não passa de aprisionamento púbere, armadura dos fraquinhos de espírito e das flores em crescimento. A parte mais assustadora tem a ver com a suposta identidade de um gajo: nesta fase da vida (64 anos, se não quiser ser muito rigoroso) sei de mim muito mais por aquilo que não sou nem quero do que por aquilo que me diz algo. Ainda não percebi bem o alcance disto tudo, mas desconfio que começa a ser urgente, reaprender a arte do jogo, qualquer jogo.