A Writers Guild of America declarou greve, suponho que por intermédio do gabinete de Deus, o primeiro-argumentista. Fiquei a pensar que bem podemos dar-nos por felizes, assim longe dos states. Uma coisa destas afecta as pessoas. Imagine-se uma temporada de absoluto livre-arbítrio, sem nada escrito. Fadistas em colapso, igrejas arruinadas até aos alicerces, agências de publicidade que apenas diriam «se precisar de mais papel higiénico, compre uns rolos», nada de sugestões a rabos saudáveis em perfumados jardins de folha dupla como meio caminho para a felicidade. Seria o fim, caos e desordem, termos as vidas à disposição. Já para não falar das audiências.