A história de um homem que passou a vida desligado da família e regressa com o alibi de uma doença mortal para recuperar os vínculos perdidos, não é propriamente nova. Os mitos das civilizações e da espécie também as sintetizam e já foram identificados. Dentro do mesmo quadro mudaram os ângulos e inventaram-se os grandes planos. The Royal Tenenbaums é uma (boa) colecção de grandes planos, exagerados à caricatura. Não com a câmara, mas na especialização das personagens. Cada uma poderia ter dado origem a um filme, noutros tempos, e a história encarregar-se-ia de os transportar. Agora são essencialmente as personagens a transportar os filmes, treinam-se os mitos individuais. Fico curioso sobre o próximo plano.