1 de novembro de 2007

Era pró Inferno, sefaxavôre...

Mesmo correndo o risco de ser injusto para aqueles três que não encaixam no retrato, venho por este meio declarar raiva a essa figura compósita 'taxi-taxista'. Apesar de me divertir com histórias e episódios da corrente filosófica em causa, cada vez tenho menos pachorra para aturar a estupidez com que a maior parte se apropria das ruas. Já nem falo de gentileza: arrogância, incumprimento das regras mais básicas, desprezo absoluto pelos restantes condutores. Decidi não me desviar de taxis, quando andar de carro, mesmo sabendo que quem bate, paga e nem sempre quem fez a merda é quem bate. Quando voltarem, pela trilionésima vez, a sair da praça sem aviso e sem olhar, quando me empurrarem para o lado sempre que pretenderem fazer o que lhes apetece. Divirto-me quando ouço histórias da escolástica taxista (na verdade, já nem isso), mas é um gozo kitch, um bocado snob, como quem ouve as maiores boçalidades e acha piada, porque não lhe tocam. Quando conduzo, a mesma boçalidade, só que agida, toca-me. Ou melhor: só não me toca porque, até hoje, tenho-me desviado.