Da política aos grupos à vida mental aos sofistas, passando pelos sacos de berlindes, a reacção à mudança baseia-se no temor da perda. Mesmo que da perda de uma mão cheia de nada, ou de uma mão cheia de merda. O conservador não quer evitar a nova ordem, apenas controlar os danos. Quem tem cu tem medo. A revolução propõe-se (impõe-se) trans-formar ou, acima de tudo, momentaneamente abrir as comportas? É que geralmente fica-se por aí. A revolução, geralmente, é obra de conservadores idealistas.