26 de novembro de 2009
25 de novembro de 2009
A ovelha a quem a merece
A ovação era destinada a celebrar a honra do general romano que tivesse aniquilado até quatro mil novecentos e noventa e nove soldados inimigos em batalha. A cerimónia constava do sacrifício de uma ovis (ovelha -> ovação) aos deuses. Mais do que 5000 almas já era matéria de triunfo, o que implicava solenes e exaltadas razias de escravos, prisioneiros e restante animália variada.
21 de novembro de 2009
20 de novembro de 2009
Digimon
A box da Zon parece um comboio de carga - apita, trava, pára em algumas estações, uma chinfrineira. A Zon acha que a box não deita fumo (até ver) e que portanto o comboio de carga já não é a vapor, é digital, e é isso que eu pago, chato do caraças, a protestar em vez de usufruir de cento e tal intestinos (canais de merda).
14 de novembro de 2009
12 de novembro de 2009
Os dias contados
A voz do PM aparece aos ouvidos da polícia, supõe-se que cheia de genica mesmo que em modo de sussurro, numa investigação a Armando Vara. Acredita-se que o conteúdo das conversas possa ser relevante em termos de matéria criminal - caso contrário estas não teriam de ser anuladas, seriam simplesmente ignoradas, material desprezível.
Um cidadão-fulano-de-tal, 'encontrado' em escutas legais relativas a outro cidadão poderia gerar, a partir daí, uma linha de investigação, autónoma ou paralela ao caso em apreço? Julgo que claro que sim, a menos que a tal da Justiça fosse convenientemente cega, literalmente cega, sem metáforas filosóficas. Mas se o cidadão em causa for fulano-PM-de-tal, subverte-se o princípio da coisa constitucional, a bem da nação que, frágil e sempre na iminência da orfandade, parece não poder dar-se ao luxo de parar, ouvir e ver. Não ouvir, olhar e não ver, não parar. Nesta imensa passagem de nível sem guarda, vamos ser colhidos a grande velocidade, mais tarde ou mais cedo, sem milagres que nos resgatem à amálgama da sucata pantanosa. Ou então somos os peixes que, com 3 gotas de água nas imediações, pensam 'até agora tudo bem, com sorte morremos no sono'.
11 de novembro de 2009
10 de novembro de 2009
8 de novembro de 2009
7 de novembro de 2009
6 de novembro de 2009
O Conservador
Recomenda-se muito o Manual De Civilidade Para Meninas de Pierre Louÿs, ilustrado por Pedro Proença na edição Fenda. Há certos e [sobre]determinados costumes que ameaçam esvair-se em poeira na fricção tectónica dos tempos modernos. E que urge preservar.
5 de novembro de 2009
4 de novembro de 2009
O Albatroz
Por mera brincadeira, os homens de equipagem
Caçam enormes aves do mar, albatrozes
Que, indolentes, costumam seguir a viagem
Do navio percorrendo abismos tenebrosos.
Assim que sobre aquelas tábuas são largados
Os reis do céu azul, envergonhados, trôpegos,
Deixam cair, humildes, as imensas asas,
Que arrastam pelo chão, como remos já soltos.
Como está mole e frouxo o alado peregrino!
Ele, que tão belo foi, ei-lo cómico e feio!
Um espicaça-lhe o bico, usando o seu cachimbo,
E um outro, coxeando, imita o pobre efermo!
O poeta é igual ao príncipe das nuvens
Que se ri do arqueiro e afronta a tempestade;
Exilado na terra e no meio dos apupos,
As asas de gigante impedem-no de andar.
[C. Baudelaire, As Flores do Mal]
3 de novembro de 2009
in treatment
- Right. I'm a customer...
- Yeah. Although in my profession we say that the customer is always... wrong. It's a therapist joke.
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